Naquela sexta-feira, os guardas o pegaram e debocharam dele. O lembraram que aquele era o último nascer do sol que ele viria, e que a partir daquele momento, para ele, estar vivo era doloroso demais, já que o sofrimento o faria desejar a própria morte.
Seu destino, o calvário, era um lugar onde a escória se encontrava, onde os marginais conheciam o inferno antes de chegarem nele. Parece que nosso amigo ladrão, havia tomado um caminho sem volta, e não mais conheceria algumas sensações que lhe fizeram tão bem e não foram aproveitadas como a liberdade, o livre arbítrio e a própria vida.
Naquela manhã aquele homem se deu conta: Não havia saída, alternativa ou escolha. Ele chorou, se entristeceu, se arrependeu. Seus olhos foram abertos, como se algum mistério lhe tivesse sido revelado.
Alguma mudança nele aconteceu, e de alguma forma o tranquilizou. Ele apanhou, foi torturado, mas aquilo lhe parecia muito provisório. Ele não via as trevas que se impunham contra ele. Não via porque a luz não deixava. Ele sabia que não merecia aquela revelação, mas de alguma forma isto não era importante.
Ele subiu até o calvário, o pregaram na cruz e o ergueram junto com a madeira. Era o descanso para o seu corpo em sofrimento. Mas a luz se revelou, e ele olhou perplexo para ela. Era um homem, mas parecia Deus. Ele observou por bastante tempo aquele homem. Ouviu seu diálogo com o Pai e teve certeza de quem se tratava. Olhou para a outra companhia: um outro ladrão, que em contato com a luz, preferiu fechar os olhos, e disse:
"Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino"
Ele viu alguém sendo crucificado, mas enxergou Deus. Ele viu a luz e manteve os olhos abertos. Jesus lhe respondeu:
"Em verdade te digo hoje que estarás comigo no Paraíso".
Pouco depois, seus olhos viram a morte de Jesus. Mas em seu coração, Cristo já havia ressuscitado. E uma convicção brotou e morreu com ele algum tempo depois: Mesmo sem condições, ele iria ao paraíso.Você não é melhor que aqueles ladrões. Então eu lhe pergunto: Em que lado de Cristo no calvário você está?
Paz e prosperidade a todos!
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