quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Dar esmolas é correto?


          Quando você para no farol, e aparece alguém em situação complicada, aparentemente sem as mínimas condições necessárias para sobreviver lhe pedindo algum tipo de ajuda, qual é sua atitude?
          Eu, particularmente já reagi de diversas maneiras, mas não havia analisado a situação e definido um comportamento padrão para tal momento.
          Cristo nos orienta a sermos altruístas e tratarmos o próximo como a nós mesmos. Nos encoraja a sermos voluntários e generosos e extirparmos de nosso caráter, a valorização do ego que sutilmente nos transforma em egoístas perseguidos e condenados pela própria consciência.
          Pare e reflita sobre esta atitude (dar esmolas): em que ela ajuda o pedinte? Será que alguns trocados esporádicos são capazes de dar dignidade e esperança a um necessitado?
Culpamos o necessitado, e o condenamos, nos eximindo da responsabilidade porque temos certeza que ele usará os grandes valores que o entregamos para se auto-destruir.

O que fazer então?
          Ser hipócrita e esmolar uns trocados, simplesmente fechar o vidro ou passar direto, advertir o pedinte e convencê-lo de que não somos idiotas, ou apresentar uma atitude que dignifique a vida?
Podemos fazer diferente. Basta nos prepararmos para a tal situação.
          O ideal é que a igreja tenha um lugar para tratar essas pessoas. Se não freqüenta uma comunidade com esta estrutura, procure alternativas no estado e ande com uma cartilha de apoio ao pedinte (Em breve, disponibilizarei uma cartilha no blog). Que contenha informações sobre abrigos e albergues da prefeitura. Existem também lugares que oferecem cursos gratuitos de capacitação profissional e oportunidades de realocação no mercado de trabalho.
          Se realmente quisermos ajudar, conseguiremos fazer o mínimo possível, o que com certeza fará mais bem para nós do que para o auxiliado.
          Dê dinheiro no último dos casos quando não existir outra alternativa, pois com isso corremos o risco de sermos cada vez mais hipócritas.
          Na medida em que subjugamos nosso egoísmo, e conseguimos nos doar um pouco, a tendência é que isto aumente e que bom será quando conseguirmos dar passos maiores do que este.

"O egocentrismo corrói a alma. O altruísmo renova-a." Kaíque Francis Rodrigues Bueno

Paz e prosperidade a todos!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Afinal, milagres existem?

Significado:
Um milagre ou miráculo (do latim miraculum, do verbo mirare, "maravilhar-se") é um fato dito extraordinário que não possui uma explicação científica. Para os crentes, sua realização é atribuída à onipotência divina, é considerado como um ato de intervenção de Deus (ou de deuses) no curso normal dos acontecimentos. [wikipedia]

          Quando algo se torna objeto de estudo, e nos aprofundamos em temas que aguçam a curiosidade, tendemos a desejar concluir o estudo com todas as respostas possíveis sobre o proposto em questão. Mas estudar Deus é algo muito complexo e concluir em algum ponto este estudo é manifestar a soberba ao acreditar que Ele cabe em nosso entendimento absolutamente limitado.
          Por isso, em diversos assuntos, somos restritos às conjecturas que nos permitem passear sobre variadas questões, com a liberdade formatada na palavra de assimilarmos a natureza do Verbo. E milagres fazem parte deste grupo recheado de coisas não totalmente discernidas.
          Podemos definir algumas características para um milagre:
Ele precisa ser extraordinário. Não devem haver explicações para seu acontecimento. Coincidências bem alinhadas não podem ser a justificativa de um milagre, e se são possíveis, logo, não revelam um milagre.
          Hoje tudo é milagre! Outro dia vi uma mulher testemunhando a graça recebida: Ganhou 50% de desconto em uma dívida de milagre. Isto tem outro nome: Estratégia de cobrança. As pessoas tendem a relacionar tudo o que lhes acontece à incidência de milagres, quando são eventos facilmente explicados.
          E desvalorizar o significado desta palavra é tudo o que os animadores de auditórios residentes dentro de igrejas precisam para se munir até os dentes e manipular sem escrúpulos a massa, que nunca rejeita um milagrezinho.
          Daí, surgem as placas absurdas que vemos por ai:
"Culto do milagre, você não pode perder!"
"Aqui o milagre acontece!"
"Milagre, só aqui!"
"Venha ao culto, hoje é o dia da sua vitória!"

          Apesar de ser algo absurdo e sem prerrogativas na sensacional história da igreja, o evangelho que se vê em muitos lugares se reduziu a isto: milagres medíocres aprisionando ainda mais quem não tem discernimento.

          2º O milagre atesta a intervenção de Deus. Todos os envolvidos, que vivenciaram ou presenciaram o evento, se submetem a verdade de que algo impossível segundo a razão humana ocorreu e, portanto, a natureza de Deus é manifestada. Em uma cura, o primeiro a atestar isto é o médico, que conhece o diagnóstico e seu prognóstico, bem como a técnica e seus fundamentos. E quando a lógica é destruída e seus métodos se tornam inúteis, o profissional se equipara com o paciente e assumem papéis secundários durante os acontecimentos, já que todos concordam que o protagonista não é deste mundo.
          3º Milagres são coisas que nós nunca conseguiremos realizar com nossas próprias mãos. Todos nós podemos ser aprovados em uma prova, por exemplo. E isto não é milagre, é consequência de estudo. Todos nós podemos ser selecionados para uma vaga de emprego, basta reunirmos as habilidades necessárias para ocupar o cargo. E tantos outros exemplos sem valor que são usados como testemunhos e, assim, ao invés de revelar um Deus justo, revelamos um mafioso, cheio do poder que assiste filmes piratas e joga no bicho.

          O maior milagre que nós recebemos foi a graça conquistada através do sacrifício de Cristo:
Você estava destituído da glória de Deus, passando uma vida na terra sem significado algum, já condenado desde o nascimento e sem condição de reverter a sentença.
         Hoje você é livre para escolher o que é milagre para você: Redenção da sua alma ou a mediocridade.

Paz e prosperidade a todos!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O mundo dá voltas

          Lembrei-me hoje da história de um juiz chamado Jefté. A história consta em Juizes 11 e relata a dura história deste homem que apesar de ser justo, foi expulso de sua terra e excluído da herança de seu pai pelos seus próprios irmãos, porque não era filho da mesma mãe e mais, era filho de uma prostituta.
          Não podemos rotular as pessoas e subestimá-las por características físicas, sociais ou culturais. A vida é muito dinâmica e em constante transformação. Aqueles que nos parecem bons agora, talvez se mostrarão maus e os que julgamos inúteis, serão insubstituíveis em algum momento do futuro.
          Foi desta forma que Jefté foi rotulado e quão cruel por um momento lhe pareceu o seu destino. Foi morar em Tobe, com homens levianos. Mas podemos tirar lições de tudo o que vivemos, pois não há nenhuma experiência por mais trágica que possa ser que não nos incite à uma reflexão ou que não nos leve a uma auto-análise.
          Como guerreiro que era, Jefté utilizou este momento para aperfeiçoar suas habilidades com estes homens bárbaros, mas leais. E pouco tempo depois aqueles que o desprezaram, foram a sua procura, precisando de ajuda, pois estavam em situação delicada com a terrível expectativa de ser dominados por um rei mal que ameaçava assolar sua antiga terra. E mais do que isso: Se Jefté aceitasse voltar e liderar o exército, agora seria chefe sobre todos.
          Como o mundo dá voltas: Antes filho de uma prostituta desprezado; agora possível chefe sobre todos em sua casa.
          Essa história é contada de muitas maneiras nos dias de hoje. Precisamos entender nossa incapacidade de desvendar os mistérios e intenções dos nossos semelhantes, e por humildade respeitar todas as pessoas com o mesmo senso e com a mesma medida.
          Já vi soberbos terminarem mal e humildes se darem bem. Na verdade isso acontece quase sempre. E o dilema é: Sou o soberbo ou o humilde? Precisamos reconhecer que nem sempre temos a razão e isso é uma tarefa nada simples.
          Jefté fez um voto a Deus dizendo que se vencesse a guerra, quando voltasse para casa, o primeiro ser que viesse ao seu encontro seria sacrificado a Deus. Para seu desprazer, sua filha foi quem apareceu. Sabendo ele que Deus abomina sacrifício humano, teve que entregar sua filha virgem para o serviço no templo.
          O destino é implacável: Filho de prostituta, tem agora uma filha eternamente virgem.

          Façamos o bem a todos, mesmo àqueles que nosso senso de justiça leviano despreza. Um dia nossas ações respaldarão transformações incríveis que nos trarão benefícios. E terrível é colhermos os frutos da soberba.

Paz e prosperidade a todos!


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ideologia

          Você seria capaz de morrer pelo que acredita? 
          Para responder este tipo de questionamento, você primeiro precisa identificar quais são suas verdades e opiniões a respeito dos vários temas da vida.
          Estes posicionamentos absolutamente particulares definem qual é sua ideologia, ou a sombra de pensamentos que lhe persuade a respeito dos assuntos e debates mais inerentes à lógica humana e por esta razão se tornam alvos de todo tipo de crítica.
          É preciso reservar tempo para organizar seus próprios valores. É preciso ler, estudar, se aprofundar de forma empírica para enfim, escolher que opinião defender e por ela entregar a vida, se necessário.
          Já fiz e disse muita coisa sem sentido, e achava ter nestes tempos toda a razão, mas este é o processo empírico que reafirmo ser necessário em nossas vidas. E chega um momento que precisamos definir nossa ideologia e construir sobre ela os alicerces da nossa fase madura.
          É quando deixamos de interagir com o que é fútil e passamos a gostar de realizar aquilo que agrega e produz resultados com significado. E significado é o que nós precisamos ser. Não podemos ser vazios e alienados. Precisamos ser uma resposta ambulante à alguma questão, sendo úteis muitas vezes desconhecendo que somos, pois isto é apenas a consequência de uma vida baseada em princípios.
          Yousef Nardakhani tem uma ideologia. Se converteu do islamismo ao cristianismo quando tinha 19 anos e tornou-se pastor de uma pequena comunidade evangélica no Irã. Ele foi preso em outubro de 2009 e condenado à morte por apostasia sob as leis islâmicas do Irã, a Sharia, que permite sentença de morte. Esta sentença só poderia ser revogada se o condenado se arrependesse e renunciasse à sua conversão a outra religião.
          Não tenho compaixão de Yousef, porque não há nada mais prazeroso que passar por todas as consequências movido por uma convicção.
          Homens da antiguidade tornaram-se grandes porque acreditaram em uma ideologia, muitas delas  sem valor, mas era no que eles acreditavam. Prefiro conhecer alguém com ideologias pífias a me relacionar com alguém sem convicções.
          Policarpo, líder da igreja primitiva renunciou à vida no coliseu em Roma, porque tinha convicção de que suas verdades eram absolutas e eram maiores que sua própria existência.Seus atos e de muitos outros influíram na preservação do Cristianismo.
          Ghandi, Martin Luther King, Nelson Mandella são exemplos fantásticos na sociedade moderna de que uma ideologia é capaz de mudar um Estado. 

E você? Suas ideologias são capazes de pelo menos mudar sua vida ou mantê-la em transformação?
Medite sobre sua existência: Você morreria por aquilo que acredita?



Paz e prosperidade a todos!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Satanismo nas igrejas...

          Satanismo vem de Satan, termo hebraico que significa: adversário, opositor, se opondo, ir contra. No antigo testamento, o termo era utilizado para designar práticas religiosas que consideravam estar em oposição direta à Deus.
          Já está definido: Aquilo que se faz em nome de Deus, sem ser para Deus, ainda sim é sacrifício, porém não à Deus, mas aos demônios e isto caracteriza satanismo.
Veja o que Paulo diz sobre isto:
"Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios."1 Coríntios 10:20
          Igrejas cheias de promessas que visam lucro e pouco se importam em apresentar a Deus, mas em apresentar um deus que lhe tira das aflições e te enche de bens, são igrejas podres cheias de gente podre!
          É difícil lidar com isso e entender este conceito, mas muitas pessoas que se consideram enquadradas nos princípios bíblicos são pequenos satanistas justamente porque não conhecem estes princípios. Na verdade, o único princípio que conhecem é o da semeadura. Que nojento!

Vejamos a promessa do diabo:
"E disse-lhe (o diabo): Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares" Mateus 4:9
Agora o conselho de Cristo:
"E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me" Lucas 9:23

          A tua atitude na busca de Deus define o que você é. Você pode ser um filho de satan e ser assíduo em todos as atividades de sua comunidade "cristã". Aquilo que vemos nestes lugares sempre cheios de politicagem, ambição, elitismo, inveja, ganância e afins são frutos de ambientes cheios do diabo.
          Isso se torna cômico quando me dizem que Disney, Harry Potter, Frodo (Senhor dos Anéis), Edward (Crepúsculo) e tantos outros revelam a verdadeira identidade do satanismo. Esses são inofensivos perto de instituições escuras que dizem representar algum deus e arrebanham milhares de ignorantes que dizem querer a Deus, quando querem ver suas vidas resolvidas sem estudar a matemática que soluciona seus dilemas.
          Analise suas intenções: elas lhe dirão se você é satanista ou não!
* Dica: Todo satanista ouve Damares.
Video abaixo com mensagem satânica codificada:

Paz e prosperidade a todos!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O nó górdio!

Antes, conheça a história:
         "Conta-se que o rei da Frígia (Ásia Menor) morreu sem deixar herdeiro e que, ao ser consultado, o Oráculo anunciou que o sucessor chegaria à cidade num carro de bois. A profecia foi cumprida por um camponês, de nome Górdio, que foi coroado. Para não esquecer de seu passado humilde ele colocou a carroça, com a qual ganhou a coroa, no templo de Zeus. E a amarrou com um nó a uma coluna, nó este impossível de desatar e que por isso ficou famoso.
          Górdio reinou por muito tempo e quando morreu, seu filho Midas assumiu o trono. Midas expandiu o império, porém, ao falecer não deixou herdeiros. O Oráculo foi ouvido novamente e declarou que quem desatasse o nó de Górdio dominaria toda a Ásia Menor.
          Quinhentos anos se passaram sem ninguém conseguir realizar esse feito, até que em 334 a.C Alexandre, o Grande, ouviu essa lenda ao passar pela Frígia. Intrigado com a questão, foi até o templo de Zeus observar o feito de Górdio. Após muito analisar, desembainhou sua espada e cortou o nó. Lenda ou não o fato é que Alexandre se tornou senhor de toda a Ásia Menor poucos anos depois." [wikipedia]

          É tão simples entender a vida e o seu sentido, entender a própria existência e o que é mais complexo neste tema. Mas parece que as pessoas não se contentam com respostas simples e buscam em elementos tão superficiais desvendar segredos tão facilmente revelados.
          A vida e o privilégio dos dons criativos entregues a nós por si só são fantásticos e eliminam qualquer outra necessidade para subsistência. Nascemos completos e só precisamos conhecer estas ferramentas e aperfeiçoá-las, sendo suficiente para isso o período de uma vida. Mas a maioria de nós negligencia tudo isto e quer que Deus, ou os deuses, ou demônios, ou espíritos, e sei lá mais que "divindades" existem, entreguem solucionados todos os dilemas da vida.
          Vivemos nos deparando com nós górdios todos os dias, e precisamos ter a sabedoria de Alexandre para entender que são apenas nós, que precisam ser cortados e não estudados. O seu estudo não revela, mas apenas limita; não engrandece, mas apenas aprisiona. E quantas pessoas estão aprisionadas em rituais, campanhas, propósitos por três razões: 1º Medo, 2º Ganância e 3º Culpa.
          Medo: Entregam ofertas, fazem sacrifícios, são solícitos a qualquer papo religioso sejam estes lícitos ou não, tudo por acharem que se aprisionarem desta forma evitará que o diabo tenha liberdade sobre as sua vida.
         Ganância: São ambiciosos e capazes de qualquer negócio para receberem a tão sonhada benção. Vêem Deus como um magnata dos negócios terrenos, afinal a promessa diz que aqui são 100 vezes mais (Faça-me o favor).
          Culpa: O pecado limita sua visão e o seu alcance, e para eles o arrependimento não é suficiente. A graça não é tão de graça quanto parece. É necessário cumprir a disciplina, ser humilhado pelos irmãos e se sujeitar aos homens para talvez se sentir perdoado.

Pare!

          Não fique observando, analisando e estudando o nó! É muito mais simples! Ele simplesmente veio e pagou a nossa dívida! Não há nada que façamos que desvalorize ou dignifique o seu sacrifício, pois foi perfeito. Ele pegou a espada e como verdadeiro Grande que é, despedaçou as cordas que nos amarravam.
Liberte-se da culpa, ganância e medo e comece a viver livre daqueles que fizeram do nó górdio um grande negócio religioso!



Paz e prosperidade a todos!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Apuração (Julgamento)



          Na real, quem somos de verdade? Que valor têm nossas ações? Qual é a nota do nosso caráter? Quem pontuação merecemos pelo conjunto da obra?
          Hoje, em diversos sites e canais de tv se dá espaço à apuração das escolas de samba de São Paulo. Não entendo a manifestação emocional dos participantes de tal evento em cada nota anunciada. Talvez seja porque ali estão sendo julgados os sacrifícios de milhares de pessoas durante 1 ano de trabalho.
          Mas quero apenas usar de exemplo, a estrutura de julgamento já citada para refletir sobre o julgamento a que todos nós nos submeteremos. Como seremos julgados? Haverá que tipo de tolerância? Serão utilizadas estas malditas regras humanas já conhecidas? Haverá favorecimento? Os mais abastados serão privilegiados? Os marginalizados terão um julgamento justo?
          Não há um julgamento que tenhamos participado que não haja dúvidas sobre a imparcialidade dos instrumentos de justiça. Será que o juiz não é uma carta marcada? O júri é realmente formado de acordo com as leis que regem esta composição? São muitas dúvidas levantadas e completamente válidas.

"Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam" Isaías 64:6

          Essa é a nossa justiça: trapo de imundícia. Este era o termo utilizado para se referir àquele pano que envolvia as chagas dos leprosos. Aquele pano imundo cheio de pus, sangue e carne podre é a nossa justiça segundo as escrituras.
          Mas graças a Deus que a criatura será julgada pelo Criador. Aquele que construiu e deu todas as condições para que o ser humano se estabelecesse, e de formas distintas vivesse por princípios e respeitasse regras formadas para o seu próprio bem estar. Aquele que nos garante a graça e a misericórdia e nos enxerga como realmente somos, pois conhece nossas reais intenções e dificuldades que como seres imperfeitos enfrentamos para sermos do bem, é Este quem será o Juiz.
         Em sua sentença, apenas uma condenação: Para aqueles que não o conhecem:
 "E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço" Mt 25:12

          Não seremos julgados pela música que ouvimos, nem pelas roupas que vestimos, nem pelo corte de cabelo, nem pelo esporte que praticamos, nem pelos hábitos ou vícios, etc. Seremos julgados por apenas um quesito: Caráter.

          Bom, a certeza é que teremos um julgamento justo. A incerteza é se realmente seremos justos o suficiente para termos um caráter segundo o dEle. Nos encontramos na grande apuração!

Paz e prosperidade a todos!
PazMateus 25:12

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Asafe é o cara!

          Asafe é um grande exemplo de que a mesma coisa vista de panoramas diferentes pode deixar pontualmente de ser a mesma coisa; de que análises a respeito da própria espiritualidade são absolutamente permitidas e muito mais do que isso: são necessárias.
          Cantor levita afeiçoado de Davi, Asafe tinha um histórico de uma vida comprometida com as atividades religiosas. Estava o tempo todo se preparando ou executando o seu ofício no templo. Mas em um momento por algum motivo, começou a questionar sua condição e fez uma análise equivocada das prerrogativas que um relacionamento levanta, principalmente quando esse enlace é com o Criador.
          Asafe suplantou o eterno com ideais efêmeros e valorizou por um instante o que os loucos valorizam, o que os idiotas idealizam e o que a sociedade absorve.
"Eis que estes são ímpios, e prosperam no mundo; aumentam em riquezas" Salmos 73:12
          E Asafe estava errado? Talvez. Mas quem não quer ver seu patrimônio aumentado, quem não quer riquezas ou uma independência financeira absolutamente consolidada.
          O problema é responsabilizar Deus pela condição adquirida. É achar que Deus mede e define a minha colheita, que se eu me sacrificar por Ele, "terei o melhor desta terra" (Como me aborreço com isso...).
          Quando assumimos a responsabilidade de nos relacionarmos com Deus para que tenhamos outros valores, ideais e nos tornemos consequentemente melhores a cada dia, estamos deixando de lado as imposições da mídia e da sociedade e nos tornando aptos para definir o que tem valor e o que é falso. Aquilo que não melhora o meu caráter e minha espiritualidade necessita ser descartado.
          E isso é extremamente pessoal e intransferível. O que me faz bem, talvez te faça mal, e o que não faz a menor diferença para mim, talvez seja muito importante para você. Mas o importante é nos influenciarmos por aquilo que satisfaz o nosso relacionamento com Ele para que o resultado de nossas ações não nos traga sensações passageiras, mas algo duradouro que no mínimo seja para sempre.
O que é benção para você?
Que presente te faz sorrir?
O que você concebe como a maior riqueza de todas?


Asafe é o cara porque reconheceu a falta de visão e viu; percebeu que estava verde e amadureceu. Expôs o que pensava, e foi ele mesmo. Não teve vergonha de se mostrar e alcançou a luz.
ando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso;

Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles.
Salmos 73:16-17
Quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso;

Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deleslmos 73:16-17


Assim me embruteci, e nada sabia; fiquei como um animal perante ti. (v22)
Guiar-me-ás com o teu conselho, e depois me receberás na glória (v24)

Não seja egoísta, não tenha inveja, não se perturbe com o sucesso alheio, não anseie o estado de ninguém. Aprenda a valorizar suas conquistas, pois seu estado subsequente depende de quem você é agora!
Semeie integridade e altruísmo e verá a felicidade de um ângulo que parecia ser trágico!
Se relacione com Deus sem esperar nada em troca. Isso tem a ver com caráter!



Paz e prosperidade a todos!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Pais e filhos...

          Como é interessante enxergar a vida de vários ângulos e ver o quanto uma situação pode se transformar, observando que as vítimas mudam de lado assim como seus vilões. A falta de entendimento natural de todo ser humano em formação o faz perder muito.
          Estou falando da relação conturbada entre pais e filhos. Do enlace eterno que existe nesta relação e os desdobramentos futuros de cada ação e reação, de cada momento alegre ou complicado, fantástico ou conturbado.
          Nosso dever de amar nossos pais deixa de ser obrigação e se torna uma necessidade básica a medida que entendemos seus anseios, medos, vontades, intenções. O problema é que há uma enorme dificuldade de assimilar isto quando contrariá-los parece ser tão interessante, e morder o fruto da árvore proibida demonstra ser um passo tão largo rumo à "liberdade" e ao imprevisível que vale a desobediência para descobrir se já entendemos o que é melhor para nós.
          É incrível perceber agora que as manias, os jeitos e trejeitos, a forma de falar e de emendar as palavras, a maneira de dormir e o olhar que outrora achávamos tão esquisito, cômico e até ridículo parece que se impregnou em nós, deixou de ser a maneira deles e se tornou a nossa maneira. E com um pouco de maturidade, achamos isto engraçado e não nos esforçamos nem um pouco para mudar, porque deixou de trazer vergonha e nos faz sentir orgulho.
          A infância e adolescência deixaram saudades, lembranças que não voltam, por mais que eu tente entrar novamente no ventre da minha mãe (e eu já tentei!), isso tudo é passado, se foi, já não é mais. Passou rápido, mas naquele tempo eu reclamava porque julgava o ritmo do tempo lento e incoveniente.
          Os filhos nascem e nos remetem novamente ao passado. Tentamos educar de uma forma diferente, mas parece que o "legado" é quem dita a nossa postura e por vezes nem nos sentimos a mesma pessoa, pois algo nos impulsiona à uma maturidade essencial e excêntrica que produz e maximiza o desenvolvimento dos pequenos.
          E a vida se repete, e se repete e se repete. Nada muda, a não ser a maneira como fazemos a mesma coisa. Mas algo aprendi com tudo isso. Nenhuma relação possa ter sido tão conturbada e tão cheia de injúrias, que não possa se renovar diferente e prazerosa. Nenhuma ferida pode estar tão aberta, que não possa ser curada para que os movimentos do passado possam ser feitos sem limitações.
          Hoje não é um dia especial, e por isso um gesto de carinho fora do tempo pode ser mais valioso do que grandes presentes em datas comemorativas.
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã!

Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a face da Terra. (Efésios 6:2,3)


 Paz e prosperidade a todos!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Porque eu odeio a religião, mas amo Jesus...

          Há um tempo penso sobre isto e a cada dia que passa sinto esta mensagem cada vez mais pertinente e motivadora. Não creio mais no poder da instituição igreja como um instrumento de atrair as pessoas à Deus. As grandes igrejas são apenas um amontoado de alvenaria e engenharia moderna incapazes de reabilitar qualquer ser humano em suas necessidades e relacionamentos. O que a religião produz é tão pouco que seus testemunhos são pífios comparados à tamanha necessidade e demanda que cada dia se maximiza de pessoas cada vez mais perdidas e embaraçadas com seus desencontros.
          Quantas pessoas eu conheço que abandonaram igrejas, não porque não consideram inspiradores os conselhos de Cristo e os ensinamentos descritos em sua palavra, mas porque definiram como inútil o "sacrifício" de ter que ir à uma igreja para se sentirem ou se tornarem melhores. Consideraram impossível viver doutrinas e preceitos humanos e ao mesmo tempo se realizarem como gente que vive e experimenta, e arrisca, e erra se necessário, mas aproveita cada tempo e cada situação sem se sujeitar, sem se submeter, sem se diminuir.
Muitas destas pessoas se perderam, mas estão encontradas, saíram do caminho, mas ainda dirigem. Não sei se compreende, mas é como se estivessem da forma certa, mas falta uma coisa, alguém: falta Ele.
"Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" Jo 8:32
          Engraçado "igreja", você deu outras interpretações para este texto, mas fui guiado à revelação verdadeira desta mensagem. Não fomos feitos para a igreja, mas a igreja foi feita para nós! E por isso, ela não devia escravizar, mas sim libertar.
          Acredito em igreja, não como eclesia (do grego: Εκκλησία, ekklesia: assembléia, ajuntamento), mas como q(e)hal (em hebraico: povo de D'us). E o povo está em toda parte, não se diminui a um templo, mas influencia, convence e o faz com a vida, na maneira como dirige a vida.
          O que vejo é que muita gente está compreendendo isso, e sei que em breve aboliremos a inquisição, os distantes ficarão mais próximos, e poderemos ser nós mesmos novamente, conheceremos o real significado de liberdade e desfrutaremos dela como formigas em um pote de açúcar.
          E alcançaremos esta plenitude tendo Cristo como aliado e não como acusador, como amigo e não como servo.
Não se submeta ao julgo da aparência. Seja você mesmo, se apresente da forma que é, não esconda seus defeitos e pecados, mas apresente-os, mostre-os, pois eles lhe farão conhecer e amar a Jesus.


Paz e prosperidade a todos!