É incrível como a vida lhe permite experimentar, degustar. A vida te revela sensações, as melhores e as piores possíveis. Mas o engraçado é que sempre consideramos estarmos com a razão. Mas será que isto é absoluto?
Já pensei de tantas formas, e fui me moldando de acordo com o cruzamento entre minha formação adquirida e as circunstâncias do universo em que me fazia presente.
A cada revelação, fui ficando mais tolerante com as opiniões alheias, por mais estranhas que fossem. Ao invés de debater, compreendi. Ao invés de me indignar, eu aprendi. Nada é perfeito e não há necessidade de ser assim. A vida se desenrola em um universo de constatações que ora nos permitem o melhor, ora nos incitam ao caos e a maneira como nos comportamos apresenta nossa identidade, nosso conjunto peculiar de ascendências e deficiências.
Perdido em mim mesmo, é possível se encontrar e se desencontrar, com a mesma frieza de quem se julga em aliança com o equilíbrio, e portadora do orgulho de ser e estar como quer.
Os valores podem ter sua preciosidade, mas valioso é o direito à liberdade de pensamento em oposição com o sistema de impugnação à que seremos facilmente relacionados se não nadarmos contra a maré dos conselhos e condutas que a sociedade atribui como natural, mas na prática são inúteis e levianos.
Mutação é ser forte o suficiente para assumir o ônus, mesmo que o medo da dor seja latente e a possibilidade de atravessar o oceano seja ínfima. O investimento é de alto risco, mas são justificados pelos ganhos e protelados pelas possibilidades avassaladoras da falência.
Talvez possa não ser compreendido, mas na vida, temos este direito que apenas será alcançado, se o cálculo não for levado em consideração.
Paz e prosperidade a todos!